Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos

HISTÓRIA

Como tudo teve início

A sua história começa em 29 de outubro de 1937, com o registro da ata da assembleia de fundação, realizada no prédio da Repartição de Saneamento de Santos, que hoje abriga a Sabesp, na Rua São Francisco, no Centro.

Não eram tempos tranquilos. Afinal, o ano de 1937 foi marcado, desde o seu início pelo clima de conspiração política. Getúlio Vargas, apoiado por lideranças civis e militares, preparava o terreno para garantir a sua permanência no poder por meio da implantação do regime ditatorial do Estado Novo. Coincidindo com as experiências nazifascistas que ganhavam força na Europa.

A época não parecia propícia, mas foi justamente nesse confuso final de 1937 que um pequeno grupo de engenheiros decidiu formar uma associação. A ideia, porém, havia nascido bem antes. Um dos fundadores da AEAS, o engenheiro Ismael Coelho de Souza, foi personagem fundamental. Inspetor-geral da então toda-poderosa Codesp, ele era o homem mais importante da Cidade e mandava mais do que o prefeito.

Sua casa, na Avenida Vicente de Carvalho, na praia do Boqueirão, foi palco de inúmeras reuniões entre alguns dos poucos engenheiros santistas. O sonho de formar uma associação começava a se tornar realidade.

E o primeiro passo começava a tomar corpo. Dizia o Artigo Primeiro do Estatuto:

“A Associação de Engenheiros de Santos, fundada em 29 de outubro de 1937, constitui uma sociedade civil com personalidade jurídica, tendo por fim incentivar o progresso da Engenharia, congregar os seus profissionais dos diversos ramos, defender os interesses da classe e tomar toda e qualquer iniciativa de interesse geral de seus associados”. Definidos há mais de sete décadas, esses objetivos continuam representando fielmente o caminho seguido até hoje pela entidade.

Arrojo e dinamismo

Em 17 de novembro de 1937, ainda na Repartição de Saneamento, os engenheiros discutiram, modificaram e apresentaram os estatutos definidos. E elegeram em seguida a primeira diretoria, presidida naturalmente por Ismael Coelho de Souza.

Graças a uma modificação nos estatutos, em 1939, Souza foi reeleito presidente da associação e Sylvio Passarelli, tesoureiro. A sede provisória da AEAS funcionava, na época, em duas salas térreas do antigo Hotel Parque Balneário, no Gonzaga.

Porém, o sonho de Souza e dos demais diretores era levar a associação para uma sede de verdade. Isso se tornou possível quando o então diretor da The City of Santos Improvements Company Ltda. Henry Pilbeam, cedeu a casa onde morava, na Avenida Vicente de Carvalho, 36 por um aluguel razoável.

O imóvel possuía gramado na frente e 220 metros de fundos, seguindo até a Rua Embaixador Pedro de Toledo (a Rua Dr. Arthur Assis ainda estava em projeto). Como não podia deixar de ser, logo surgiu e tomou corpo a idéia de comprar a casa, para consolidar a independência e a força da associação. O imóvel foi negociado em 1944.

A AEAS já se firmava como uma entidade representativa e dinâmica. Inúmeras atividades técnicas e sociais eram realizadas, aproximando os colegas e divulgando os progressos da Engenharia.

Após décadas, o espírito empreendedor da entidade em nada se modificou. A AEAS continua promovendo e participando de inúmeras atividades de interesse coletivo e fomentando discussões sobre os problemas da Cidade e suas soluções viáveis.